“Mas vocês acham mesmo que vocês vão conseguir mudar alguma coisa?” é o que nos perguntam a toda hora. A minha resposta? “Já mudamos e estamos mudando!”.
As pessoas não entendem que o libertário busca, sim, a mudança social, mas tem consciência de que isso é algo a ser muito bem trabalhado que leva anos, décadas, talvez séculos, e provavelmente não estaremos vivos quando as grandes mudanças sociais chegarem.
No entanto, o que vale a pena dizer é que, mesmo que não acompanhemos essas mudanças de perto, durante nossas vidas e nossa militância como libertários conseguimos nos opor à exploração, fizemos nossas vozes serem escutadas, não nos resignamos, tentamos melhorar tudo aquilo que se fez possível, vivemos a vida da forma mais alternativa e independente que conseguimos!
Mesmo que não acompanhemos as grandes mudanças sociais de perto, nós temos a felicidade e a satisfação de ter promovido eventos culturais, passeatas em prol do povo, fanzines e materiais informativos para a população, adquirimos mais conhecimento através de leituras e da vivência, conhecemos e nos confraternizamos com outras pessoas, nos divertimos e fizemos grandes amizades... Isso tudo é uma grande e importante mudança! São mudanças pessoais que refletem no âmbito social sem sombra de dúvida!
Sim! Nós acreditamos num mundo livre das amarras capitalistas, onde todos viverão em cooperação e solidariedade, sem desigualdades sociais. Nós lutamos, sim, por esse mundo! Mas o mais importante de tudo é que nós, punks e libertários, não abaixamos a cabeça para todo esse caos que se apresenta.
Mesmo que, atualmente, não estejamos vivendo numa sociedade libertária, dentro de nós carregamos as sementes e a vivência que nos tornam ingovernáveis!
As mudanças começam dentro de cada um.
Êra punk! Este material que foi escrito em 2010, direcionado ao movimento punk e a quem quer conhecer sobre o assunto. Em 2021 fiz a revisão e atualização do material, preservando as ideias essenciais, mas modificando trechos que não mais condizem com um pensamento em eterna evolução. Trata-se de um documento baseado na minha vivência dentro do movimento entre 2006 e 2010, mas que ainda se aplica aos anos posteriores. - Por Mao Punk
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