segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CAPÍTULO XV – A CONSCIÊNCIA ALÉM DO PUNK




O mundo não precisa do punk. O punk é que precisa do mundo. O ser vivo precisa do mundo, de um mundo livre de crueldades! É muita pretensão achar que só porque somos punks temos mais atitude do que outras pessoas. É muita pretensão achar que só porque somos punks vamos mudar o mundo. Há milhões de pessoas fora do movimento punk que também contribuem com um mundo mais ameno, mais justo!

E vale lembrar que antes de sermos punks somos seres humanos. Temos nossas consciências que nos levaram a lutar por um ambiente melhor, e então nos encontramos no ideal punk.

Preciso dizer também que não existe o fato de “virar punk”. Quem “vira” punk pode “desvirar” a qualquer hora. Ninguém escolhe ser punk. Ninguém acorda e diz “hoje quero ser punk”. Nós nos descobrimos punks, nós nos encontramos dentro do ideal libertário e dentro da contracultura, nós nos vimos dentro desse contexto. Ser punk é uma condição, é algo que está dentro de nós!

Não temos a pretensão de buscar um mundo punk, claro que não! Assim como nós nos encontramos na contracultura punk, outros indivíduos se encontram em outras culturas. E eis a graça da diversidade! O importante é manter essas diferenças culturais em harmonia, sem desrespeito e sem apoiar o sistema opressor!

Existe um mundo cheio de surpresas e conhecimento dentro do punk, mas fora dele também há outros mundos tão cheios de beleza quanto a própria contracultura que defendemos!

Aproveitemos nossas vidas, buscando sempre o bem-estar e a ruptura com as desigualdades!

O PUNK ESTÁ VIVO e enquanto houver injustiças a combater, culturas para se conhecer, lazeres para aproveitar, então o punk continuará sua estrada!

Se nós mesmos não matarmos o punk, então ninguém mais matará! ÊRA PUNK! RESISTÊNCIA LIBERTÁRIA!

Paz, Saúde e Anarquia!

Esse documento foi escrito por Mao Punk, em julho de 2010, revisado e atualizado em 2021.

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